Atual

Editorial
A tarefa para 2025 é superar os impasses

Walter Ramalho

Análise de conjuntura econômica e política do Brasil que considera as hesitações dos governos petistas diante das classes dominantes, das direitas e do capital financeiro internacional. Destaca a tarefa dos socialistas em lutar pela independência de classe dos partidos e dos sindicatos no combate às políticas de austeridade e às ameaças fascistas.

A barbárie entra na Casa Branca
Sungur Savran

Em seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, Trump está mais poderoso e imprevisível do que na gestão anterior. Sua aliança com o fascismo e o nazismo internacional está mais evidente agora. Além disso, ele tem o apoio irrestrito de Wall Street e das corporações de tecnologia. O movimento MAGA foi radicalizado, e deve atuar como milícia, possivelmente armada, em defesa de seu presidente. Por fim, as expectativas são de que Trump fará um governo ainda mais racista, teocrático, xenófobo e violento, nacional e internacionalmente, do que em seu primeiro mandato. A esquerda revolucionária deve se preparar para anos difíceis, de combate do fascismo dentro de setores das classes trabalhadoras. Sua política de aliança deve ser sábia, sem renunciar aos princípios socialistas.

Aonde vai a Síria?: seis teses
Savas Michael-Matsas

A ofensiva de grupos militares fundamentalistas e a derrubada do regime de Assad na Síria é parte do plano geopolítico dos Estados Unidos, Israel e OTAN para remodelar o Oriente Médio e, no futuro, confrontar a Rússia e a China. Nesse contexto, os revolucionários devem se opor ao imperialismo do capital e mobilizar a independência política das classes trabalhadoras dos países agredidos. Por isso, a necessidade de uma frente única anti-imperialista conforme proposta pela Quarta Internacional e pelo programa marxista da revolução permanente.

Ditaduras militares, o que resta delas?
Osvaldo Coggiola

Entre os legados das ditaduras militares impostas pelo imperialismo estadunidense à América Latina, as dívidas externas e a estrutura econômico-financeira permaneceram e não foram superadas, por vezes foram até agravadas, pelos governos democráticos, supostamente comprometidos com as causas populares. Para construir uma América Latina unida e livre, deve-se erradicar esses legados herdados dos anos de chumbo por meio da ação independente dos trabalhadores.

Juros e retóricas enganosas
Ítalo de Aquino

Sob a inércia do governo federal, o BC trabalha a serviço dos capitalistas do mercado financeiro. Como consequência disso, a economia do país se desindustrializa e afunda em uma dívida pública cada vez mais insolvível.

O pronunciamento de Haddad e o insustentável peso do arcabouço fiscal
Ítalo de Aquino

Lula e Haddad apresentaram pacote fiscal visando equilibrar interesses do mercado financeiro e dos trabalhadores de baixa renda. Todavia, para satisfazer um, o presidente e seu ministro da Fazenda irão, de modo inevitável, deixar o outro insatisfeito. A manutenção dessa política conciliatória ameaça descumprir o arcabouço fiscal e prejudicará os planos dos petistas para as eleições de 2026.

Perspectivas para 2025: crescimento ou estagnação?
Michael Roberts

A partir de relatórios do FMI, Banco Mundial, BlackRock, OCDE, entre outras organizações, argumenta-se que é improvável uma recessão em 2025, tanto quanto o aumento sustentado na lucratividade de todos os países do G7 capaz de impulsionar o investimento produtivo e o crescimento da produtividade. Espera-se que, em 2025, o crescimento dos países desenvolvidos continue próximo da estagnação e que o crescimento dos BRICS seja mais lendo em relação a 2024.

Resenhas

Nelson Werneck Sodré, Quem matou Kennedy. Rio de Janeiro: Gernasa, 1963. 144 pp.

Claudio Katz, América Latina na encruzilhada global. Trad. de Maria Almeida. São Paulo: Expressão Popular, 2024. 384 pp. (Nuestra América). ISBN 978-65-5891-148-7

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